Principais causas dos desastres naturais e antrópicos

As principais causas dos desastres naturais e antrópicos estão relacionadas com ou mais dos seguintes condicionantes:

•Pressão que a sociedade exerce sobre o ambiente: quando água e ambiente estão em perigo devido às ações humanas. Estes impactos são decorrência da falta de controle dos impactos e o complexo impacto das atividades humanas. O aumento demográfico e desenvolvimento econômico social leva a população a pressionar o ambiente pela alteração do uso do solo, modificando as relações naturais existentes como o desmatamento, impermeabilização e canalização do escoamento, resultando em erosão do solo e assoreamento dos rios, deterioração da qualidade da água e alteração de rios, e estuários, lagos e outros sistemas hídricos.

•Impactos da Mudança ou variabilidade climática: Como mencionamos aqui o clima não é estável e efeitos naturais e antrópicos produzem condições que se refletem em falta e excesso de água em diferentes partes do mundo gerando falta de sustentabilidade. Existem vários exemplos de eventos de meses e anos ou poucas horas que impactam parte da população ou um grande número de pessoas numa região. As pessoas normalmente planejam sua convivência com o clima para condições médias ou para pequenas variações desta.

•Vulnerabilidades econômicas, políticas e sociais são baseada nas condições institucionais e econômicas das sociedades. Países pobres são muito mais vulneráveis do que os países desenvolvidos.

Estas condições ocorrem de forma combinada para refletir as condições observadas neste e outros verões. No caso da Serra do Rio de Janeiro os impactos foram amplificados pela ocupação dos espaços do rio das encostas e de locais de riscos, associados a chuvas intensas que ocorrem com uma frequência média, associado a condições de vulnerabilidades de parte da população. A redução de mortes e parte dos prejuízos poderia ter sido grande se houvessem um planejamento de espaço e um sistema de previsto. Portanto reduzindo a vulnerabilidade da população.

No caso de São Paulo que ocorre em grande parte dos dias chuvosos, as causas climáticas são em menor escala, já que precipitações acima de 20 – 30 mm (que são pequenas e frequentes) produzem prejuízos. O principal problema é consequência principalmente da pressão da sociedade e a vulnerabilidade resultante do chamado ¨desastres dos comuns ¨, onde todos esperam uma atitude dos outros, mas poucos fazem a sua parte. Uma chuva de 60 mm numa hora (com risco aproximado de 10 anos) sobre uma superfície natural deve gerar 90 m3 de escoamento superficial numa quadra de 100 x 100 m, mas na situação atual com quase tudo impermeável esta mesma chuva gera 500 m3. O somatório deste volume adicional na bacia hidrográfica urbana deve escoar pela drenagem que não suporta. As ruas se tornam reservatórios provisórios que armazenam esta água até que a drenagem tenha capacidade de escoar. Todo o espaço foi tomado pelo uso do solo, que a natureza busca nos dias de chuva.

Reduzir as vulnerabilidades em cada local é uma solução de cada caso, que envolve o entendimento dos processos e do problema, mas deve-se ter em mente que nos eventos extremos podem-se reduzir mortes e prejuízos, mas nunca evitá-los totalmente. A história mostra que natureza cobra seu preço daqueles que ocupam os espaços de risco.

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